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Entrevista com Zuellington Lemos, sócio do Grupo Illa

O cenário gastronômico de Fortaleza vem ganhando cada vez mais sofisticação e identidade, e um dos grandes protagonistas desse movimento é o Grupo Illa, comandado por Zuellington Lemos. Em entrevista exclusiva ao Gastronomia e Mídia, o empresário contou como nasceu o projeto, que hoje reúne cinco casas de destaque na capital cearense.

Segundo ele, a ideia surgiu a partir da percepção de uma lacuna na orla da cidade: “Faltavam restaurantes de alto padrão voltados ao público A, que unissem gastronomia autoral, ambiente sofisticado e uma conexão afetiva com o território”. Foi nesse contexto que nasceu o Illa Mare, inicialmente como um projeto pontual. O sucesso imediato, no entanto, mostrou que havia muito mais potencial. “Não era apenas um restaurante, era o início de um grupo com identidade própria”, lembra.

Hoje, o grupo já reúne o Illa Mare, Boteco do Illa, Café do Illa, Cala Playa Brasil e, mais recentemente, o NOM, inaugurado no Meireles. Apesar das propostas diferentes, Zuellington garante que todas as casas compartilham o mesmo DNA: excelência. “Existe uma curadoria sensorial que garante que, mesmo com propostas diferentes, todas entreguem uma experiência marcante e autêntica”, explica.

A orla, cartão-postal de Fortaleza, é o principal palco do grupo e representa muito mais do que um ponto turístico. “Atuamos nesse espaço com respeito e orgulho. Queremos fortalecer Fortaleza no cenário gastronômico nacional, contribuindo com conteúdo, beleza e sofisticação”, afirma.

Essa visão também se reflete no atendimento ao público turista, que cada vez mais descobre a cidade por meio da gastronomia. Para o empresário, “o turista é um explorador de sentidos. Não basta servir bem, é preciso tocar, envolver, deixar uma marca positiva”.

No processo de expansão, o grupo investiu recentemente R$ 5 milhões na abertura do NOM, no coração do Meireles. A casa representa um passo estratégico ao posicionar o Illa também no centro urbano da cidade. “O NOM é uma virada conceitual, mais internacional, mais provocativa, que já conquistou ótima resposta inicial”, comemora.

A gestão de múltiplas casas em uma capital turística também trouxe aprendizados. “O sucesso à mesa nasce de um bastidor bem organizado. Cultura não se improvisa: é preciso formar lideranças, criar processos, cultivar pertencimento”, explica Zuellington, destacando que hoje o grupo já soma cerca de 250 colaboradores.

Outro pilar de diferenciação está na construção da experiência completa: gastronomia, ambiente e atendimento. Cada detalhe é pensado de forma minuciosa, da temperatura da luz à playlist, da ergonomia das cadeiras ao ritmo do serviço. “O cliente precisa se sentir imerso. Trabalhamos com obsessão por detalhes”, resume.

Não à toa, cada casa já tem pratos icônicos que ajudam a contar a história do grupo: a parrilhada de frutos do mar no Illa Mare; os petiscos do Boteco; os toasts criativos do Illa Café; o caranguejo e a paella do Cala Playa; e os pescados do NOM, que já despontam como protagonistas.

O desafio, agora, é manter a autenticidade em meio à expansão. Para Zuellington, a resposta está nas pessoas: “Qualidade nasce no dia a dia, e isso só é possível com líderes comprometidos. Investimos em autonomia e cultura viva”.

E os próximos passos? O empresário adianta que o grupo segue atento a novas oportunidades dentro e fora de Fortaleza. “Nosso crescimento é planejado, estratégico e responsável. Não queremos ser grandes apenas em número, mas também em relevância e impacto. A cada novo passo, reforçamos nosso propósito: transformar a experiência gastronômica em algo que una beleza, pertencimento e excelência”.

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